Aparelho receptor de TV paga da TVA
Pioneira na TV por assinatura no Brasil, a TVA está anunciando seu próprio fim.
A operadora, que desde o ano passado se autodenomina comercialmente Vivo TV, começou a enviar a seus assinantes no Rio de Janeiro uma carta em que anuncia a interrupção do carregamento de canais pagos, a partir de 1° de março.
Depois dessa data, a operadora oferecerá um pacote de 13 canais, só com emissoras abertas e canais obrigatórios, por R$ 20 mensais. Mas será uma solução provisória, até que o assinante contrate uma nova operadora, no máximo até o final do ano.
A mudança ocorre por causa da decisão da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de destinar parte das frequências usadas pela TV paga em MMDS, a da faixa dos 2,5 GHz, para internet de banda larga e telefonia 4G.
As operadoras de MMDS mantiveram parte da frequência, mas insuficiente para carregar quantidade de canais que viabilize o negócio.
Apagão gradual
Pela norma da Anatel, a Vivo e todas as demais operadoras de MMDS terão de devolver a maior parte das frequências que ocupam.
No caso da Vivo, o fim da operação em MMDS representa o fim daquilo que a empresa herdou da TVA, comprada há alguns anos. Sobrarão na Vivo apenas as operações em DTH (satélite) e IPTV (internet).
O fim da TV paga via MMDS afetará 163 mil assinantes de TV paga via MMDS, segundo o último balanço da Anatel. Todos esses assinantes passarão por um processo de "apagão suave": perderão canais, primeiro os pagos, ao longo dos próximos anos, até o fim completo do serviço.
O MMDS foi a primeira tecnologia da TV paga no Brasil, no início dos anos 1990. Mas ela logo foi ultrapassada pelo cabo e pelo DTH (satélite). Sua principal desvantagem: a limitação de espaço; só consegue carregar 33 canais. Está em decadência, perdendo assinantes sem parar, há quase uma década.
http://noticias.r7.com/blogs/daniel-castro/tva-anuncia-seu-fim-no-rio-tv-paga-tera-apagao-suave/2013/01/25/